Obra vai permitir deslocamentos mais rápidos na região sul do Plano Piloto | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Colocação de material mais rígido é adequado para trânsito de veículos pesados | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Região do aeroporto terá trânsito facilitado com a conclusão da obra | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Alta complexidade do serviço requer mais tempo e menos pressa | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
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<PAVIMENTO DE CONCRETO: SUSTENTABILIDADE, DURABILIDADE, QUALIDADE E BAIXO CUSTO>
Pavimentação em concreto em duas pistas, entre o túnel do Aeroporto JK e o viaduto Camargo Corrêa, segue a todo vapor
Fonte: Agência Brasília – Publicado em 20/7/20 – 15:48
Texto: Lúcio Flávio. Edição: Fábio Góis
Estrutura de 1,2 quilômetro de pavimentação nova e investimento de R$ 23 milhões. Executada pelo Departamento de Estrada e Rodagem do Distrito Federal (DER/DF), a concretagem do trecho que liga o túnel do aeroporto ao viaduto Camargo Corrêa, no início do Eixão Sul, vai dar mais conforto aos passageiros do BRT-Sul e rapidez aos motoristas, moradores e frequentadores do Gama e de Santa Maria (veja mais no vídeo abaixo). A obra deve estar pronta até setembro (2020). “É uma obra de primeiro mundo, pavimento de alta qualidade que está sendo feito por uma empresa de respeito na área”, disse Fauzi Nacfur, diretor-geral do DER/DF. “A obra é uma complementação da restauração do Eixão que previa a troca de pavimento desse trecho de asfalto pelo pavimento rígido, que é um pavimento de concreto na faixa exclusiva do BRT”, explica o diretor-geral do DER/DF, engenho civil com quase 30 anos de atuação no órgão.
O projeto, que teve início em abril deste ano (2020), conta com a parceria da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). Criada em 1936, em São Paulo, a entidade tem o papel de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações em diversos lugares do país, subsidiando técnicos, oferecendo assessoria e qualidade de tecnologia em tudo o que é feito com o uso dessa matéria-prima. “A ABCP está dando total apoio pra gente aqui”, reconhece o diretor-geral do DER.
Ao todo, quase 40 homens trabalham no local. A obra, complexa, é pontuada por detalhes técnicos que exigem maquinário pesado e experiência suficiente. Até o momento já foram executados 30% do trabalho, ou seja, entre 300 e 400 m de trecho concluído, explica Fauzi Nacfur. Na prática, caminhões betoneiras despejam toneladas de concreto dentro de uma forma em que será substituído o asfalto comum por esse material mais rígido e resistente, a chamada Brita Graduada Tratada com Cimento (BGTC). Depois de esparramado o material é feita a emenda do concreto com blocos de 4,5 m de comprimento cada. A partir daí, compacta-se tudo com um rodo especial gigante, feito de metal e soquete mecânico. No meio dessas duas pistas de 3,5 m de largura para trânsito de ônibus serão erguidas muretas de concreto do tipo New Jersey.
O diretor-geral do DER-DF explica que o pavimento rígido é o mais propício para locais de tráfego pesado, onde há desgaste diário com o vaivém de caminhões e ônibus. A vantagem do material é que, uma vez que tem mais durabilidade e resistência, exige menos intervenções de manutenção. “Esse trecho começou a ficar deteriorado e trouxe desconforto com o movimento dos ônibus e carros, o que era ruim para os usuários e os motoristas. Com este pavimento a gente dá qualidade para esse público”, enfatiza Fauzi.
Histórico
O BRT-Sul (Bus Rapid Transit) tem partida do Gama e de Santa Maria, ligando de maneira expressa as duas regiões administrativas ao Plano Piloto. São 43 quilômetros de trecho, dos quais 35 de faixa exclusiva, considerado o pedaço que está sendo turbinado entre o túnel do Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek e o túnel da Camargo Corrêa, no início do Eixão Sul.
Dali para frente tudo é pavimento asfáltico. O sistema transporta, em média, 220 mil passageiros por dia, o que reduz em 50 minutos o tempo de deslocamento entre as duas regiões (de 1 hora e 30 minutos para 40 minutos). “É um trabalho não muito rápido, justamente porque estamos primando pela qualidade do serviço. Às vezes é melhor realizar uma obra de forma mais lenta, mais com qualidade maior”, justifica o gestor.
Trecho de asfalto reconstruído em concreto
O trecho do BRT Sul entre o Balão do Aeroporto e o Viaduto Camargo Corrêa (início do Eixão) ficou pronto em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, mas foi o único trecho desse BRT construído em asfalto. Depois de sucessivas ações de manutenção, com recapeamentos e tapa-buracos, não houve mais outra solução que não fosse sua reconstrução em concreto. As obras, a cargo do Consórcio JF-EB Infra, estão sendo executadas no período de seca do Centro-Oeste, com apoio técnico da Regional Centro-Oeste da ABCP.
Outras obras em concreto estão previstas para as vias de Brasília. Por exemplo, encontra-se em fase de licitação a restauração da DF-095 – Via Estrutural, que liga Brasília a Taguatinga (saída para BR-070), com 12,6 km em pista dupla e três faixas de rolamento, além de acessos. Em vias com características urbanas, vários trechos do BRT Oeste estão em construção, entre eles o Túnel de Taguatinga, e logo será iniciada a requalificação da Av. Hélio Prates em Ceilândia, todos em concreto.