Trechos de duplicação das BRs 163 e 364 recebem pavimento de concreto no Mato Grosso

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Mato Grosso desperta para o pavimento de concreto

 

Por Altair Santos (Massa Cinzenta / Itambé)

Foto: Gioconda Bretas

Para o escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins) rumo aos portos de Santos e Paranaguá, duas rodovias são estratégicas: as BRs 163 e 364. Esses corredores, no entanto, sempre foram apontados como pontos frágeis da malha rodoviária federal, já que o tráfego intenso e pesado se mostrava incompatível com o pavimento asfáltico que recobria as pistas. Foi a partir de 2011 que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) decidiu aproveitar o projeto de duplicação das estradas para contemplar o pavimento de concreto em trechos críticos dessas rodovias.

Com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foram pavimentados inicialmente 20 quilômetros duplicados na Serra de São Vicente, localizada entre Cuiabá e Rondonópolis. Agora, a mesma tecnologia é empregada na recuperação do trecho de 9 quilômetros que corta a Serra dos Nobres. Para Fernando Crosara, gerente da regional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) para o Centro-Oeste, trata-se de uma vitória da associação. “Desde 2000, a ABCP tem feito um trabalho de convencimento das autoridades do Mato Grosso sobre as vantagens da utilização do pavimento de concreto em rodovias de tráfego extremamente pesado, como é o caso das BRs 163 e 364. Hoje, somos referência no Estado para as decisões sobre pavimentação”, afirma.

Além dos trechos já em obra, o pavimento de concreto deverá também viabilizar os contornos da capital Cuiabá. Esses projetos ainda estão em estudo de viabilidade, mas a ABCP, como fez nos corredores já concluídos e em construção, apresentou três alternativas: uma pista totalmente nova em concreto, a recuperação da pista antiga feita em whitetopping (concreto sobre asfalto) ou uma base de Concreto Compactado Com Rolo (CCR) que dê suporte ao pavimento asfáltico. Segundo levantamento realizado pela associação, Mato Grosso tem capacidade de receber pelo menos 400 quilômetros de pavimento de concreto em suas rodovias.

 

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